Um pedaço de História
É uma das freguesias do “anel” que envolve a cidade de Fafe, e caracteriza-se pelo famoso pão-de-ló, pelo solar da luz e pela Central Hidroeléctrica de Santa Rita. Fornelos diminutivo de fornos, designou-se ao longo dos tempos Fornel, Fornelis, Fornello, Fornrllus, Fornelo e Fornelus. Segundo registos, sempre conhecemos a freguesia incluída no município de monte Longo (e depois Fafe) e tendo como orago Santa Comba. Em 1220 chamava-se “De Sancta Columba” e em 1258 aparece pela primeira vez Fornelos: “Sancte Columbe de Fornelo” a que se acrescenta “De Monte Longo” em 1320. No século XVIII a igreja de Santa Comba de Fornelos era abadia de renúncia apresentada por três padroeiros seculares (António Lobo de Sousa, Bento da Costa Peixoto e o seu filho Afonso Peixoto). A freguesia de Fornelos está ligada à família de Peixoto de Magalhães, que foram os proprietários das duas casas brasonadas ligadas pela história – a Casa de Cimo de Vila e a Quintã da Luz. A Casa da Luz é uma das mais nobres e antigas do Minho e provavelmente a mais bela e emblemática do concelho de Fafe. Típica de uma habitação rural, foi construída entre os séculos XVII e XVIII, por uma família da mais antiga nobreza e fidalguia, (os chamados fidalgos da luz). A Casa da Luz possui orgulhosamente dois brasões de armas que embelezam a sua fachada principal e o alçado do sul. Pelo seu barroco trabalhado, pelos seus motivos esculturais nele contidos, pela sua extraordinária profusão de elementos decorativos, o brasão da frontaria é sem dúvida o mais exuberante. |